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Após 15 dias de fase emergencial, SP tem 31 mil internados com Covid-19 e 25 hospitais estaduais com 100% de ocupação de UTIs


Média diária de mortes bateu um novo recorde e chegou a 669 óbitos nesta segunda, e taxa de ocupação de leitos de UTI alcançou 92,3% em hospitais públicos e privados de todo o estado de São Paulo. Movimentação de ambulâncias chegando com pacientes com Covid-19 no Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, em Campinas, interior de São Paulo, na manhã deste sábado (27) KAREN FONTES/ISHOOT/ESTADÃO CONTEÚDO Após 15 dias da fase emergencial da quarentena, o estado de São Paulo registrou média diária de novos casos e de novas mortes por Covid-19 superior à verificada quando essas restrições tiveram início. A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a quantidade de pacientes internados no estado também aumentou no período e, nesta segunda-feira (29), pelo menos 25 hospitais estaduais chegaram a 100% de ocupação nos leitos de UTI (veja a lista abaixo). Em média, a taxa de ocupação desses leitos ficou em 92,3% nesta segunda. Nesta segunda-feira (29), a média diária de mortes bateu um novo recorde e chegou a 669 óbitos diários por Covid-19. Este índice era de 377 quando a fase emergencial começou, há quinze dias, e chegou a 483, na semana seguinte. Já a média móvel de casos de coronavírus chegou a 16.317 novos casos confirmados por dia. No dia 15 de março, quando a fase emergencial começou, a média diária era de 12.897 novos casos por dia. Além disso, o total de pacientes internados com Covid-19, em UTI ou enfermaria, ficou acima de 31 mil pessoas desde a última sexta (26). Nesta segunda, o total chegou a 31.041, sendo 12.946 pessoas em UTIs e 18.095 em enfermaria. Estado de SP completa 15 dias da fase emergencial Veja os hospitais estaduais de SP com 100% de ocupação em leitos de UTI nesta segunda (29): Hospital Geral De Carapicuíba Hospital Regional De Cotia Hospital Regional De Ferraz De Vasconcelos Hospital Estadual De Francisco Morato Complexo Hospitalar Padre Bento De Guarulhos Hospital Geral De Guarulhos Hospital Geral De Itapecerica Da Serra Hospital Geral De Itapevi Hospital Geral De Itaquaquecetuba Instituto De Infectologia Emilio Ribas Hospital Geral De Pedreira Hospital Estadual Vila Alpina Hospital Ipiranga Hospital Geral De Guaianases Instituto Dante Pazzanese De Cardiologia Hospital Estadual De Sapopemba Hospital Geral De Vila Nova Cachoeirinha Hospital Geral De Pirajussara Hospital Estadual Bauru Hospital Das Clinicas De Botucatu Hospital Estadual Sumaré Hospital Regional De Assis Hospital Regional De Piracicaba Conjunto Hospitalar De Sorocaba Hospital Regional De Sorocaba Internações Diminuir o número de infectados é o primeiro passo para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde, segundo os médicos. Mas essa redução nas internações provocadas pela doença, almejada pelo governo na implementação da fase emergencial, não aconteceu até agora. No começo da fase emergencial a média móvel de pessoas internadas em leitos no estado era de 2.665. Este número subiu para 3.218 uma semana semana depois e, nesta segunda, chegou a 3.346. Para a epidemiologista Maria Amélia Veras, integrante do Observatório Covid-BR, ainda é cedo para avaliar o impacto das restrições da fase emergencial. "Estamos numa situação muito delicada, com o colapso do sistema hospitalar. Pacientes conseguirem ser admitidos, serem tratados para que a gente possa avaliar os efeitos positivos disso", disse Veras. Segundo a professora do departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, só depois que as internações caírem, é que veremos algum reflexo no número de mortos. O índice de isolamento social se manteve em torno dos 50% no 1º fim de semana dos feriados antecipados na cidade de São Paulo, segundo dados do Sistema de Monitoramento Inteligente do governo estadual, que atualiza diariamente o índice de adesão ao isolamento em São Paulo. Sepultamentos no cemitério da Vila Formosa, na zona leste da cidade de São Paulo, na manhã deste domingo (28). PATRICIA BORGES/ESTADÃO CONTEÚDO Isolamento social Os quatro sábados do mês de março indicaram que a adesão dos paulistanos ao isolamento social pouco mudou ao longo da fase emergencial e dos feriados antecipados. O índice foi parecido no sábado (6), 44%, no sábado (13), 45%, no sábado (20), 46%, e, no último sábado (27), 45%.O panorama foi o mesmo nos quatro domingos deste mês: no domingo (7), 50%, no domingo (14), 49%, no domingo (21), 51%, e, neste domingo (28), 50%.No primeiro dia do feriado, sexta-feira (26), a taxa de isolamento foi idêntica à registrada na sexta anterior, dia 19, de 42%. Movimentação intensa na Estação da Luz no sábado (27), durante a antecipação dos feriados para aumentar o índice de isolamento social na cidade de São Paulo André Pera/Pera Photo Press/Estadão Conteúdo Não é a primeira vez que o governo municipal decide antecipar feriados como estratégia para frear a contaminação pelo coronavírus. Em maio de 2020, a prefeitura antecipou os feriados de Corpus Christi e o da Consciência Negra, mas a taxa não chegou a 60% em nenhum dos dias de feriado. O objetivo é aumentar o isolamento social e conter o avanço de casos de Covid-19 na cidade - a capital está com 88% dos leitos de UTI lotados e com 85% dos leitos de enfermaria ocupados; vans escolares vão atuar no transporte de corpos devido a alta demanda sobre o Serviço Funerário do município. Uma força-tarefa do governo do estado e Prefeitura de São Paulo dispersou ao menos 454 aglomerações na capital paulista neste final de semana, incluindo uma festa com som alto ao lado de uma Unidade de Pronto-Atendimento em Itaquera, na zona Leste. VÍDEO: Médico denuncia festa clandestina ao lado de UPA em SP Como se mede o isolamento? O principal indicador utilizado pelo governo do estado de São Paulo para medir a adesão ao isolamento social durante a quarentena é o índice de isolamento social, o qual leva em consideração dados de telefonia móvel disponibilizados pelas operadoras por meio de uma plataforma que é gerida pela Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom). Os dados têm como referência a posição do celular entre 22h de um dia e 2h do dia seguinte, a qual é considerada a marcação chamada de lugar onde o “celular dormiu”. Durante o dia, conforme o celular se afasta desta referência, o isolamento é medido. Na cidade de São Paulo, a movimentação que pode ser caracterizada como isolamento pode ser de mais de 200 metros.

source https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/03/29/apos-15-dias-de-fase-emergencial-sp-tem-mais-de-31-mil-internados-com-covid-19-e-25-hospitais-estaduais-com-100percent-de-ocupacao-de-utis.ghtml

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