Segundo a Controladoria Geral do do Paraná, quase 40% dos municípios do estado registram pelo menos um caso de pessoas que furaram a fila da vacinação. Denúncias podem ser feitas de forma anônima. MP investiga 600 pessoas por furar as filas para conseguir uma dose da vacina O Ministério Público do Paraná (MP-PR) investiga, até esta terça-feira (30), mais de 600 denúncias de pessoas que furaram a fila da vacinação contra a Covid-19 no estado, segundo a Controladoria Geral do Estado do Paraná (CGE). A controladoria é responsável pelo recebimento das denúncias e repassa as informações ao Ministério Público. Após análise do caso, o MP-PR pode oferecer ou não a denúncia à Justiça. CORONAVÍRUS NO PARANÁ: Veja as principais notícias ACOMPANHE: Média móvel de mortes e casos no estado VACINAÇÃO NO PARANÁ: Veja perguntas e respostas Conforme a CGE, até o momento, das 399 cidades do Paraná, 154 delas registraram pelo menos uma denúncia sobre esse tipo de irregularidade. Em Curitiba, mais de 100 casos foram registrados. Canais de denúncias 0800 041 1113 (42) 3883-4014 Site da CGE E-mail: ouvidoria@cge.pr.gov.br MP-PR investiga mais de 600 denúncias sobre 'fura-filas' no Paraná Cesar Brustolin/SMCS Conforme a controladoria, a orientação é que o denunciante levante informações prévias sobre a irregularidade antes de denunciá-la, como saber onde ocorreu vacinação ilegal, ter o nome da pessoa que aplicou e de quem recebeu a dose. Se possível, o denunciante pode enviar fotos, videos e documentos que ajudem na apuração do caso. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até esta terça, 910.196 pessoas foram vacinadas no estado, sendo que 213.488 delas receberam a segunda dose. Penalização Conforme o MP-PR, quando agentes públicos furam a fila da vacinação, como prefeitos, secretários ou demais servidores que não estão na lista de prioridade, a ação pode constituir como improbidade administrativa. Entre as penas previstas pela legislação nesse caso, estão a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos, o pagamento de multa e o ressarcimento de valores aos cofres públicos. Além das consequências na esfera cível, quem desrespeita a fila da vacina também pode ser responsabilizado criminalmente. Nos casos em que o desvio tiver o envolvimento de funcionário público, a prática pode caracterizar os crimes de peculato, corrupção ou mesmo abuso de autoridade, segundo o Ministério Público. Se a retirada das doses do poder público for realizada por um particular, a situação pode ser tratada como crimes de subtração de material destinado a salvamento, eventual furto ou mesmo roubo. Conforme o MP-PR, o roubo das doses pode ter ainda a tipificação de delitos relacionados a falsidades documental, de identidade ou de atestados médicos e até mesmo estelionato contra entidade pública, contando até com 12 anos de prisão. Por se tratar de crimes cometidos durante estado de calamidade pública, como é o caso da pandemia do novo coronavírus, as penas ainda podem ser agravadas, segundo o Ministério Público. VÍDEOS: Mais assistidos do G1 PR nos últimos 7 dias Veja mais notícias da região no G1 Oeste e Sudoeste.
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