Integrantes do governo saíram a campo para tentar desfazer o mal-estar causado pela declaração do presidente Jair Bolsonaro, que voltou a insinuar que o vírus que provocou a pandemia pode ter sido criado propositalmente na China. O ministro Marcelo Queiroga se reuniu nesta sexta-feira (7) com o embaixador da China e disse que o país prometeu cumprir todos os contratos internacionais de venda de vacina. Integrantes do governo saíram a campo para tentar desfazer o mal-estar internacional causado pela declaração de quarta-feira (5) do presidente Jair Bolsonaro. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente, sem citar a China, voltou a insinuar que o vírus que provocou a pandemia pode ter sido criado propositalmente lá. A declaração provocou críticas sobre possíveis impactos na produção de vacina no Brasil, já que a China é o principal fornecedor do insumo. Na quinta-feira (6), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse que o país se opõe com firmeza a “qualquer tentativa de politizar e estigmatizar a pandemia de coronavírus”. Nesta sexta (7), o ministro Marcelo Queiroga tentou descolar a China da declaração do presidente. “Essas declarações do presidente Bolsonaro não envolvem a China, e o presidente Bolsonaro tem atuado fortemente para incentivar a campanha de vacinação”, disse Queiroga. O ministro da Saúde também disse que a relação do Brasil com a China é antiga e sólida, mas se apressou em marcar uma reunião virtual com o embaixador da China no Brasil e incluiu na conversa os ministros Carlos França, das Relações Exteriores, e da Economia, Paulo Guedes, além dos diretores do Instituto Butantan e da Fiocruz. Depois da reunião, o Ministério da Saúde divulgou uma nota. Informou que, na conversa, o embaixador disse que a China está disposta a continuar com a colaboração para enfrentar a doença e sustentou que laboratórios chineses firmaram contratos de venda de vacina com mais de cem países e que tem o compromisso de honrar todos esses contratos, e que “a parte chinesa considera muito importante a cooperação com o Brasil desde o início da pandemia para superar as dificuldades”. Na nota, Queiroga reforçou a importância da parceria para que os dois países, reconhecidos produtores de imunizantes em todo o mundo, possam vacinar as suas populações e desempenhar o papel de ajudar o restante do mundo a imunizar seus cidadãos. O presidente do Senado também se juntou ao esforço para tentar reduzir os efeitos negativos da declaração de Bolsonaro. Rodrigo Pacheco, do Democratas, enviou uma carta ao embaixador da China em que reitera “a importância do relacionamento mutuamente relevante e construtivo com a China e que, no momento em que o Brasil tem sido afetado de forma contundente pela proliferação de variantes do vírus, torna-se necessário, mais do que nunca, o aprimoramento da parceria de grande qualidade que tem caracterizado nossas relações bilaterais”.
source https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/05/07/queiroga-se-reune-com-embaixador-da-china-e-diz-que-pais-prometeu-cumprir-contratos-de-venda-de-vacina.ghtml
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