Pasta não detalha motivo da saída da infectologista Luana Araújo. No dia 12 de maio, ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que ela comandaria Secretaria de Enfrentamento à Covid. Luana Araújo, anunciada como secretária do Ministério da Saúde, deixa a função A infectologista Luana Araújo (esq.) ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga Tony Winston/MS A infectologista Luana Araújo, que atua em Minas Gerais, disse, em nota que deixou a função de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde, com a consciência tranquila. Médica anunciada há dez dias para secretaria da Covid não exercerá mais função, diz Saúde “Saio desta experiência como entrei: pela porta da frente, com a consciência e o coração tranquilos, ciente de que neste curto período entreguei o melhor da minha capacidade de acordo com os princípios que tenho como profissional especialista na área: ética, cientificidade, agilidade, eficiência, empatia e assistência”, disse ela em nota. O nome da infectologista foi anunciado pelo ministro Marcelo Queiroga no último dia 12, durante lançamento da Campanha de Conscientização sobre Medidas Preventivas e Vacinação contra a Covid-19. Initial plugin text Não houve explicações do Ministério da Saúde sobre o motivo da mudança. Por meio de nota, a pasta afirmou que busca outro nome com perfil técnico e baseado em evidências científicas. “O Ministério da Saúde informa que a médica infectologista Luana Araújo, anunciada para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, não exercerá a função. A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas. A pasta agradece à profissional pelos serviços prestados e deseja sucesso na sua trajetória”, informou o órgão. Luana disse que aceitou o desafio, ciente da sua enorme complexidade. “Em meu discurso de apresentação, fiz questão de evidenciar minha postura técnica, baseada em evidências, pautada pelo juramento médico que fiz e que norteia todas as minhas atitudes. Vejo a ciência como ferramenta de produção de conhecimento e de educação para a priorização da vida, sempre, como objetivo maior”, falou ela. Tratamento precoce Reportagem publicada pelo jornal “O Globo” mostrou que a infectologista já havia se manifestado, por meio de suas redes sociais, de forma contrária ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina no tratamento contra o coronavírus. Cloroquina e hidroxicloroquina tiveram a ineficácia para a Covid-19 comprovada cientificamente. De acordo com "O Globo", ao comentar uma publicação de apoio ao uso de hidroxicloroquina, a médica disse se tratar de “neocurandeirismo” e destacou o Brasil “na vanguarda da estupidez mundial”. Após a publicação da reportagem, ela apagou a conta na rede social. O presidente Jair Bolsonaro é defensor do chamado tratamento precoce para a Covid-19, com uso de hidroxicloroquina. CPI da Covid Também neste sábado, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento de convocação da infectologista Luana Araújo para depoimento na CPI da Covid. No documento, Vieira pede a oitiva da médica “para que seja possível esclarecer as razões que a levaram a pedir exoneração do cargo”. O depoimento de Luana à comissão depende da aprovação do pedido pelos membros da CPI. Veja os vídeos mais assistidos do G1 Minas
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