Trending

O Assunto #512 a #516: A vida depois da medalha, Brasil e mudanças climáticas, Bolsonaro e as Forças Armadas, urna eletrônica e o tumulto de Ricardo Barros na CPI


O Assunto é o podcast diário com Renata Lo Prete. Perdeu algum nesta semana? Aproveite o fim de semana para maratonar. Nesta semana também na apresentação: Natuza Nery. Você pode ouvir O Assunto no G1, no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O Assunto é publicado de segunda a sexta-feira, mas você pode aproveitar o fim de semana para ouvir todos os episódios: #512: A vida depois da medalha O Brasil sai de Tóquio com um número recorde de pódios: 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes. Um resultado para comemorar, mas qual a perspectiva para o futuro? Os investimentos que marcaram o ciclo da Rio-2016 arrefeceram para esta edição. E a perspectiva é ainda pior para Paris-2024. A extinção do Ministério do Esporte, em 2019, ainda não fez "grande estrago”, avalia Ana Moser, ex-jogadora de vôlei e atual diretora da ONG Atletas pelo Brasil. A medalhista que trouxe o então bronze inédito em Atlanta-1996 fala sobre a perda de talentos brasileiros e a necessidade de ampliar a base de acesso ao esporte para crianças e adolescentes. “Não dá pra construir uma nação esportiva pensando apenas na ponta. Enquanto não melhorar a base, não teremos resultado”, conclui. Também em entrevista a Natuza Nery, Katia Rubio, jornalista, psicóloga e autora de livros sobre atletas olímpicos brasileiros, analisa o desempenho do Time Brasil no Japão, a alta na politização dos atletas e fala sobre a perspectiva para o futuro: “Se nada mudar, este resultado é insustentável”, diz. #513: Brasil - peça-chave contra mudanças climáticas A conclusão do relatório da ONU sobre o clima não é nada animadora: até metade do século a temperatura do planeta irá aumentar, independentemente das medidas adotadas por países. E as consequências já não são mais para o futuro, mas, sim, para o presente – entre elas, derretimento recorde de geleiras, secas prolongadas e enchentes. “O Brasil tem que se preocupar com os impactos disso, que estarão bem distribuídos em todo o território nacional”, diz Mercedes Bustamante, professora do Departamento de Ecologia da UnB, que atua no Painel Intergovernamental de sobre Mudanças Climáticas, o IPCC. Em entrevista a Natuza Nery, Mercedes alerta sobre o risco de vermos triplicar os efeitos de eventos climáticos extremos a cada 0,5 °C a mais na atmosfera terrestre. Fala também das consequências diretas ao país, aumentando a vulnerabilidade social e comprometendo o crescimento econômico, sobretudo ao limitar a capacidade do agronegócio. “Precisamos retomar a econômica com os olhos para o século 21, não mirando o retrovisor”. Responsável por 4% a 5% das emissões globais de gases de efeito estufa, o Brasil está na “contramão do mundo”, explica Roani Rajão, professor da UFMG e coordenador do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais. A lista de razões é ampla: investimento em energia baseada em combustíveis fósseis, agronegócio mais poluente e, principalmente, a crescente destruição das florestas. “Plantar árvore é a melhor tecnologia para ajudar o planeta”, conclui. #514: Bolsonaro e as Forças Armadas "Fraqueza travestida de força." É assim que Raul Jungmann, ex-deputado e ex-ministro da Defesa, classifica o desfile militar de terça-feira em Brasília. Convidado de Natuza Nery neste episódio, Jungmann detalha como Jair Bolsonaro "busca criar a ilusão de ter as Forças Armadas ao seu lado". Para ele, o presidente faz uso "inadequado e equivocado" das forças militares e tenta provocar tumulto ao constranger o Congresso. O desfile patrocinado pelo presidente aconteceu hora antes de a Câmara votar a PEC do voto impresso – proposta que foi rejeitada e arquivada, em uma derrota para o presidente. Jungmann narra ainda o movimento, dentro do Planalto, de tentar desmobilizar o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Oliveira. Ele chama atenção para a hipótese de Bolsonaro incitar distúrbios caso seja derrotado nas urnas em 2022. "Estaremos diante de um impasse constitucional", conclui. #515: Urna eletrônica e o teste de integridade A Câmara rejeitou e arquivou a discussão sobre o voto impresso – eram precisos 308 votos, mas a proposta teve apoio de 229 deputados. Mesmo após a derrota, o presidente Bolsonaro insistiu na ideia de que as eleições de 2022 não serão confiáveis, questionando o sistema da urna eletrônica. Agora, ministros do TSE e líderes do Congresso procuram convergir para uma solução que não mude em nada o modelo eleitoral, mas que responda à onda de desconfiança. Neste episódio Natuza Nery, conversa com Julia Duailibi, colunista do G1 e jornalista da GloboNews. Julia conta como está sendo costurada nos bastidores uma proposta para aumentar a amostragem do teste de integridade da urna eletrônica, medida que seria acompanhada de comissões de fiscalização maiores e mais prazo para a análise do código fonte. “É uma resposta para dar atenção às queixas", explica Julia. A medida "só aumenta a transparência e mostra o quão seguro é”, afirma. Mas não deve ser suficiente. “Para Bolsonaro, tanto faz. A discussão serve a seus propósitos políticos”. Participa também Vitor Marchetti, cientista político e professor de políticas públicas da UFABC. Ele explica como é realizado o teste de confiabilidade das urnas e detalha o processo de auditoria dos votos. #516: O tumulto de Ricardo Barros na CPI Líder do governo na Câmara, o deputado passou a ser personagem central no caso Covaxin ainda em junho. Ele foi citado pelos irmãos Miranda nas suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana. E nesta quinta-feira se sentou à frente de senadores: "a estratégia de defesa acabou sendo o ataque", diz Bernardo Mello Franco em conversa com Natuza Nery neste episódio. Bernardo analisa como o deputado "não se intimidou" e manteve firme o "pacto de proteção mútua" com o presidente. "Bolsonaro blinda Barros. E Barros não diz nada que comprometa o presidente", define. Bernardo explica ainda como a CPI pode se beneficiar de uma futura sessão com Barros, desta vez tendo o líder do governo no papel de convocado – o que o obriga a dizer a verdade. A expectativa, segundo ele, é que até lá a comissão tenha em mãos dados da quebra de sigilo do deputado. O que nesta quinta-feira foi uma "guerra de versões" se tornaria "confrontação de documentos", conclui. O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Arthur Stabile, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Giovanni Reginato. Nesta semana colaboraram também Gabriel de Campos, Ana Flávia Paula e Laís Modelli. Apresentação: Renata Lo Prete. Nesta semana na apresentação: Natuza Nery. O Assunto O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia... Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.

source https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/08/14/o-assunto-512-a-516-a-vida-depois-da-medalha-brasil-e-mudancas-climaticas-bolsonaro-e-as-forcas-armadas-urna-eletronica-e-o-tumulto-de-ricardo-barros-na-cpi.ghtml

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
header ads
header ads
header ads