Com ingressos vendidos online, a edição deste ano tem cuidados redobrados por conta da pandemia, como o comprovante de vacinação obrigatório na entrada. Bienal do Livro comprova bom momento do setor Só pela capa já dá para notar que essa edição mudou. É uma Bienal diferente de todas as outras. Menos pavilhões e expositores, público reduzido, uso obrigatório de máscara. E na entrada só passa quem apresentar o comprovante de vacinação. O que não mudou aqui é o que não pode mudar: o amor dos leitores pelos livros. “Eu leio um livro por mês. São 12 livros por ano, dependendo da grossura e da quantidade de páginas eu leio até mais”, diz a estudante Stephane dos Santos. “Transforma, melhora a cabeça, amplia o mundo, abre, tira as arestas. Você enxerga melhor, analisa melhor”, afirma o professor José Roberto de Souza Aguiar. Bienal do Rio se adapta aos tempos de pandemia e espera receber 300 mil visitantes; venda de ingressos será só on-line Quiz: responda o que você sabe sobre a Bienal do Livro do Rio E o que dizer da alegria da estudante Isabela Soares?! Platão e Aristoteles no saldão. Dois filósofos pelo preço de um. “Livros de Sócrates, de Platão, Poéticas e Tópicos, eu aprendi na aula e eu gosto. Compro muitos livros sobre isso”, diz Isabela. Apesar da crise, 2021 é considerado um capítulo feliz na história recente do mercado editorial. Entre janeiro e outubro, o faturamento do setor foi de R$ 1,6 bilhão – mais do que nos últimos dois anos. Quem está no ramo diz que esse movimento tem a ver com a pandemia: mais gente aprendendo, ou voltando a gostar de ler. E o que estão dizendo é que esse 'velho novo hábito' veio para ficar. Tanto que neste ano, mesmo com vacina, mais atividades sendo retomadas, mais vida voltando ao normal, foram vendidos 10 milhões de livros a mais do que ano passado, quando as opções de lazer fora de casa estavam bem mais restritas. “Perdi o hábito da leitura e voltei agora, e estou lendo um monte de romances”, diz Maria Vitória Rodrigues, estudante. “Hoje eu trouxe a minha filha de 14 anos. Esses 18 livros aqui são dela”, sorri o pastor Oziel Moura de Paula. Outra coisa que mudou foi o jeito de comprar o livro. A Sonia Machado Jardim, que é presidente de uma das maiores editoras do Brasil, diz que antes 60% das vendas eram presenciais e 40% online. Agora, inverteu. “ O mercado de livros já tinha uma estrutura de e-commerce montada e essa estrutura pôde atender o consumidor. Se há uma coisa positiva da pandemia que a gente pode dizer, foi a redescoberta do livro”, explica Sonia. O presidente do Sindicato Nacional dos Editores, Marcos da Veiga Pereira, um dos organizadores da Bienal, usou a mesma expressão. Na opinião dele, o brasileiro está redescobrindo o prazer que é ler um bom livro. “De repente na pandemia sobrou tempo, e as pessoas pegaram aquele livro que estava ali, esperando, e redescobriram como é bom ler”. Bienal do Livro do Rio: área infantil terá experiências inspiradas na borboleta; veja tour virtual
source https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/12/04/bienal-do-livro-do-rio-de-janeiro-comeca-com-restricoes-de-publico-mas-com-amor-aos-livros.ghtml
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