Durante os quatro primeiros dias do julgamento, o foco dos questionamentos às testemunhas tem sido sobre o funcionamento da boate Kiss: se o uso de artefatos pirotécnicos era permitido, se a boate tinha condições de segurança. Para o Ministério Público, a negligência dos proprietários e dos integrantes da banda é causa das mortes. Testemunha de defesa e sobreviventes depõem no quarto dia do julgamento da tragédia da boate Kiss Entrou neste sábado (4) no quarto dia o julgamento dos acusados pelo incêndio na boate Kiss, que matou 242 pessoas no Rio Grande do Sul. Durante quatro horas, o empresário Alexandre Marques contou para o júri um pouco dos bastidores da produção de shows da noite gaúcha, na época em que a tragédia da Kiss aconteceu. Alexandre era promotor de eventos e foi convocado a depor pela defesa do empresário Elissandro Spohr, um dos donos da boate. Ele não estava na Kiss na madrugada da tragédia. Mas antes, já tinha produzido outros shows na casa noturna. E disse que o uso de artefatos pirotécnicos era comum. “Sputnik, chuva de prata, CO2, tudo que deixasse o show mais bonito, que causasse impacto visual melhor”. A defesa do empresário alega que ele não sabia que a banda Gurizada Fandangueira pretendia utilizar os artefatos no show. Já os advogados dos músicos alegam que a banda informou que iria usar.. Reconstituição 3D da boate Kiss: entenda como foram feitas as versões e como são utilizadas no júri Testemunha vira informante e mais três depoimentos marcam 3º dia do julgamento Sobrevivente é a segunda pessoa a falar no 4º dia de júri: 'Parecia que tava respirando fogo' 'Ajudei até o final a carregar os corpos', diz barman da boate sobrevivente do incêndio À tarde, mais um sobrevivente, Maike Ariel dos Santos, falou sobre o que viveu naquela madrugada. Ele foi na Kiss a convite de uma amiga que comemorava o aniversário. Ela morreu, assim como outras quatro amigas que também estavam na festa. Maike conseguiu sair da boate, mas com muitas queimaduras pelo corpo. “Vinte e cinco dias internado, quase um mês ali, uma semana em coma. Eu cheguei no hospital, a (minha) mãe me disse que me induziram ao coma pela manhã, e que eu fui piorando e acordei no outro domingo”. Cristiane dos Santos Clavé foi a segunda sobrevivente a depor e relatou os momentos de pânico que viveu dentro da boate. “A fumaça era muito quente, como se fosse um vapor de panela. Eu respirei fundo, fechei minha boca, fechei meus olhos, e fui com a mão pela parede. ”. Durante os quatro primeiros dias do julgamento, o foco dos questionamentos às testemunhas tem sido sobre o funcionamento da boate Kiss: se o uso de artefatos pirotécnicos era permitido, se a boate tinha condições de segurança. Para o Ministério Público, a negligência dos proprietários e dos integrantes da banda é causa das mortes.
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