Trending

Diagnosticada com esclerose múltipla aos 30 anos, farmacêutica relata alívio após um ano de tratamento: 'Estou 100%'


No Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, 30 de agosto, Priscila Oliveira conta sua história de superação com a doença. Farmacêutica diagnosticada com esclerose múltipla relata alívio após um ano de tratamento Acervo pessoal/Priscila Sandmann Oliveira O mês de agosto é conhecido como 'Agosto Laranja' por ser o mês de conscientização sobre a esclerose múltipla e o dia 30 é dedicado especialmente a essa mensagem. Priscila Sandmann Oliveira, de 31 anos, é natural de São Paulo e foi diagnosticada com esclerose múltipla há um ano. Ela faz acompanhamento da doença com neurologista de Santos, no litoral paulista, e em entrevista ao G1, contou como recebeu a notícia e como se desenvolveu o processo de tratamento até hoje. Priscila, que é farmacêutica, disse que em julho de 2020 começou a sentir um formigamento na perna. "Pensei que fosse pelo cansaço", comentou. O sintoma, porém, se intensificou muito rápido, e na mesma semana parou de sentir a perna, então foi ao médico. "Disseram que parecia trombose, mas marcaram exames para confirmar", relatou. Sem saber o motivo do formigamento, aquele mês foi repleto de exames para Priscila. "Até descobrirem o diagnóstico, cogitaram que fosse problema no nervo ciático, acidente vascular cerebral (AVC) ou alguma doença rara", relatou. Em agosto de 2020, um mês após o início dos sintomas, veio o diagnóstico. "Pensei que ia ficar sem movimentos, porque eu não tinha conhecimento sobre a doença", relembrou. Priscila, então, começou falar com pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla para coletar indicações de médicos neurologistas. "Me consultei com muitos médicos, mas me identifiquei mesmo com a doutora Andrea, de Santos", comentou a farmacêutica. Priscila disse em entrevista ao G1 que a médica conseguiu passar de forma bem didática no que a doença consistia e quão eficiente o tratamento certo poderia ser. "Me senti muito amparada", complementa. O tratamento de Priscila deu tão certo que hoje, um ano após o diagnóstico da esclerose múltipla, ela conta que vive normalmente. "Às vezes até esqueço que tenho esclerose. Não fiquei com nenhuma sequela", relata. A farmacêutica, entretanto, comenta da importância de ter conseguido um diagnóstico rápido. "Essa mania da gente achar que nenhum sintoma é grave o suficiente para ir ao médico é a pior coisa. Temos que aprender a nos colocar em primeiro lugar sempre", reforça. Priscila Oliveira um ano após o diagnóstico de esclerose múltipla Acervo pessoal/Priscila Sandmann Oliveira Mudanças na rotina Quanto às mudanças que o diagnóstico de esclerose múltipla acarretou em sua vida, Priscila Oliveira comenta que a principal foi a percepção do tempo. "Percebi que se eu tivesse demorado mais para ir ao médico e fazer os exames, eu poderia estar com sequelas. O tratamento ainda não acabou, mas já não tenho mais nada, até as lesões do cérebro que tinha no início [do diagnóstico] estão inativas", relatou. Priscila pontuou, também, uma mudança nos seus princípios. "Agora eu penso em fazer tudo hoje, não em fazer planos para daqui a 3 ou 5 anos. Tenho que viver o hoje, porque tudo acontece de forma muito rápida", explicou. Priscila hoje se sente 100% bem, sem sintomas ou sequelas da esclerose múltipla. Ela realiza tratamento da doença Acervo pessoal/Priscila Sandmann Oliveira Acompanhamento e diagnóstico Priscila comentou da importância do acompanhamento médico e do apoio de conhecidos no diagnóstico. "Ter pessoas te apoiando ajuda muito. Tive muita sorte com as pessoas do meu trabalho, que desde o momento em que comecei com os sintomas já me deram todo o suporte que precisava. Hoje sinto que isso fez a diferença", relatou. A farmacêutica é noiva e teve a celebração do casamento adiada devido à pandemia. Priscila comenta do suporte que o noivo prestou quando ela mais precisou. "Quando comecei com o formigamento, ele sempre esteva comigo nos exames e acompanhando cada passo", comentou. Priscila também disse que sua família sabia dos sintomas, mas que ela não passava os palpites dos médicos para não criarem expectativas antes de receber o diagnóstico. "Quando recebi o diagnóstico fiquei arrasada. Minha família ficou desesperada porque o choque foi maior ainda para eles", relembrou. Priscila comenta que um acompanhamento médico humanizado fez toda a diferença. "Precisamos de mais médicos humanos. Num momento delicado como receber o diagnóstico de esclerosa múltipla, um tratamento paciente e humano faz toda a diferença", relatou. A neurologista Andrea Anacleto, que atende a Priscila e a acompanha desde o início do tratamento, disse que pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla precisam entender a doença. "Hoje não faltam medicações nem tratamentos e é possível ter uma vida fantástica e saudável tendo diagnóstico de esclerose múltipla", pontua. A médica, ainda, destaca que hoje ela não vê mais motivos para a doença ter tanto estigma. Ela explica que em Santos existem lugares que realizam o tratamento de esclerose múltipla pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de lugares que realizam procedimentos para reabilitação de pacientes que desenvolveram sequelas. "Hoje quem tem esclerose múltipla tem uma vida tão boa quanto qualquer outra pessoa", destaca. Sobre a doença De acordo com o Ministério da Saúde, a esclerose múltipla é uma doença que acomete o sistema nervoso central e é autoimune, ou seja, se origina a partir do momento em que o sistema imunológico passar a produzir anticorpos contra componentes do próprio organismo. Essa doença é caracterizada pelo desgaste das células nervosas, responsáveis por transportar os impulsos elétricos que controlam as funções do organismo. O diagnosticado com esclerose múltipla, portanto, está suscetível à ter consequências como alteração na visão, no equilíbrio e na musculatura. Segundo o órgão público, no Brasil, aproximadamente nove pessoas a cada 100 são diagnosticados com a doença. O protocolo indicado pelo SUS para esclerose múltipla apresenta tratamento medicamentoso e não medicamentoso que, de acordo com o Ministério da Saúde, são eficazes e garantem uma melhora muito significativa no paciente, principalmente quando o diagnóstico é feito no início da doença. VÍDEOS: G1 em 1 minuto Santos

source https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2021/08/30/diagnosticada-com-esclerose-multipla-aos-30-anos-farmaceutica-relata-alivio-apos-um-ano-de-tratamento-estou-100percent.ghtml

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
header ads
header ads
header ads